
A madrugada já ia alta. Corpos loucos e já bem bebidos continuavam em uma luta frenética a cada batida do dj, a cada musica debitada em todo o seu esplendor como uma dança tribal no seio de uma selva desabitada. Toda a tribo desenbocava em uma eterna alegria mas contudo efémera, ante os acontecimentos delineados e traçados.
O passadiço das Docas já encontrava-se vazio devido aos primeiros raios de sol. Corpos semi-cansados caminhavam par a par com a ansiedade de um leito, não de morte mas antes de uma sonolência alcolémia.
Seis vultos surgem no horizonte. A maneira como caminhavam, como até mesmo olhavam para os ultimos guerreiros da noite denotava uma só palavra; problemas, grandes problemas! Na Porta deste culto tribal mantive-me sério e preparado para o que já advinhava.
-Queremos entrar!
Bom dia, lamento mas de momento é só para sair, terei todo o gosto em recebe-los amanhã.
-Pula, não estas a perceber, nós vamos entrar!!!
Com estas simples palavras, gerou-se o que para mim tornou-se numa das mais marcantes noites de como sei o felizardo que sou.
Uma mão fechada em punho surge num pequeno horizonte á minha frente, desvio-me, sinto uma dor junto ao estômago vinda de um outro senhor pleno de sua vontade em entrar.
Num repente como uma luz intensa, vejo-me embrulhado no meio de braços e pernas, desvio-me, defendo-me, ataco tambem na esperança de sair dali com uma pequena história para contar.
No entanto os segundos passam, a coisa fica mesmo feia, já vejo e sinto sangue a escorrer, tanto em mim como em eles. De repente chega ajuda, Nuno e Ricardo perceberam que algo estava errado. Agora a coisa vai...Seis contra três fica mais facil, sinto a força da união com eles, riapostamos forte e feio, soco, pontapé, cotovelada, joelhada, vale tudo e começo a tirar gozo da situação, sinto a adrenalina no máximo, sinto que já dá nos pára, isto vai acabar mal para eles. Quando termino uma joelhada sinto uma dor enorme nas costas; acabei de levar com uma cadeira de ferro...
(continua)
ufff
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