quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Memento (parte 1)



A madrugada já ia alta. Corpos loucos e já bem bebidos continuavam em uma luta frenética a cada batida do dj, a cada musica debitada em todo o seu esplendor como uma dança tribal no seio de uma selva desabitada. Toda a tribo desenbocava em uma eterna alegria mas contudo efémera, ante os acontecimentos delineados e traçados.
O passadiço das Docas já encontrava-se vazio devido aos primeiros raios de sol. Corpos semi-cansados caminhavam par a par com a ansiedade de um leito, não de morte mas antes de uma sonolência alcolémia.
Seis vultos surgem no horizonte. A maneira como caminhavam, como até mesmo olhavam para os ultimos guerreiros da noite denotava uma só palavra; problemas, grandes problemas! Na Porta deste culto tribal mantive-me sério e preparado para o que já advinhava.
-Queremos entrar!
Bom dia, lamento mas de momento é só para sair, terei todo o gosto em recebe-los amanhã.
-Pula, não estas a perceber, nós vamos entrar!!!
Com estas simples palavras, gerou-se o que para mim tornou-se numa das mais marcantes noites de como sei o felizardo que sou.
Uma mão fechada em punho surge num pequeno horizonte á minha frente, desvio-me, sinto uma dor junto ao estômago vinda de um outro senhor pleno de sua vontade em entrar.
Num repente como uma luz intensa, vejo-me embrulhado no meio de braços e pernas, desvio-me, defendo-me, ataco tambem na esperança de sair dali com uma pequena história para contar.
No entanto os segundos passam, a coisa fica mesmo feia, já vejo e sinto sangue a escorrer, tanto em mim como em eles. De repente chega ajuda, Nuno e Ricardo perceberam que algo estava errado. Agora a coisa vai...Seis contra três fica mais facil, sinto a força da união com eles, riapostamos forte e feio, soco, pontapé, cotovelada, joelhada, vale tudo e começo a tirar gozo da situação, sinto a adrenalina no máximo, sinto que já dá nos pára, isto vai acabar mal para eles. Quando termino uma joelhada sinto uma dor enorme nas costas; acabei de levar com uma cadeira de ferro...
(continua)

domingo, 11 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Negro


Hoje estou num daqueles dias onde podia estar a gozar uma boas horas mas contudo as preocupações, o stress, e tudo o resto simplesmente não permitem. Estou um pouco farto de andar sempre a correr de um lado para o outro. Seja trabalho ou simples amizade, acabo sempre por fazer tudo ás pressas... Senão vejamos; estou de folga e ainda a tratar de coisas no restaurante. Tenho na equipa alguns elementos a descartar, estas pessoas não são de todo a minha Equipe, mas tenho de trabalhar com as mesmas, são indisciplinados e são daqueles que pensam e acham que são conhecedores de tudo e sempre com razão. A mudança para este tipo de pessoas é como se o mundo fosse acabar. Parvas são este tipo de mentes ao pensarem que mudança é sinónimo de negativo...


Vida Privada: Não consigo parar... Mea culpa em tudo que faço, tudo que procuro. Gosto de estar em tudo, viver a vida a mil, viver como um término de vida estivesse á beira do penhasco que são meus pensamentos.

A cada porta que abro,

só vejo e quero abrir a seguinte, a cada porta aberta encontro-me sempre na encruzilhada do querer ainda mais, do pensar que ainda vou mais...

Ando cansado e nota-se, chego a estar exausto de mim mesmo, de pensar que nada mais posso fazer a não ser parar. Durante um dia anseio e por vezes até consigo ficar quieto, fico apenas a observar, a ouvir, sentindo vozes a meu lado, sentir o perfume de meus amigos e conhecidos, sentir o que cada um tem e pode passar á plateia...

Ando ríspido, agressivo, parvo, já não consigo na maioria das vezes ficar calado, deixar-me ficar quieto perante a normalidade das pessoas, dos seus iternos devaneios sobre como deve-se criticar alguem por simples falta de tema de conversa...

Sou uma sombra em dias de céu carregado, olho ao espelho, mesmo a uma parede e sou uma sombra. Procuro diferenças, vasculho cada centimetro da aura que desvanece. Abro a porta e lá está ela, negra, forte em toda a sua imensidão e poder. Sinto-a a cada momento, minutos, horas a combater, nada a fazer...

Pssst;

Abro uma porta, procuro um abraço...

domingo, 13 de junho de 2010

Desejo


Estavas por perto,

enquanto falava e sem que nada surgisse

estavas por perto.

Ahh! Teus olhos vibrantes e cheios de vida.

Chama,ardor, frustação pelo impossivel, desejo perdido,desejo escondido...



terça-feira, 8 de junho de 2010


Momentos, são meras recordações em cada segundo que passa...


Sentimos nosso corpo correr, seguindo por uma estrada sem fim, sem rumo ,sem meta, sem uma sequer vontade de terminar o que nunca foi começado.

O tempo passa o tempo urge, no entanto a Atma permanece inalterada, presa em um limbo obscuro e sem sentimento, sem o calor que a pode tornar imortal.


Em cada segundo que passa, tudo apaga-se...